terça-feira, 28 de abril de 2015

CASOS CLÍNICOS:
A importância do tratamento ortopédico maxilar precoce em portadores de fissuras lábio-palatinas no restabelecimento funcional e estético.

Autores:
Dra. Lucy Dalva Lopes Mauro
Dra. Dalyse Salles F. e Silva

Introdução:

Dentre as malformações presentes ao nascimento, as malformações de lábio e palato ocupam lugar de destaque, constituindo um grave problema odonto-médico-social, sendo que as fissuras lábio-palatinas representam os mais comuns defeitos congênitos crânio-faciais (PETRELLI, 1992).

A fissura lábio-palatina é uma deformidade de grande complexidade, pois atinge várias estruturas faciais como: nariz, lábio, palato duro e mole (ELLIS, 2000). A Fissura lábiopalatina é a falta de fusão do lábio e/ou palato, ou seja, é a falta de fusão dos processos nasais mediais entre si, e destes com os processos maxilares laterais (MELGAÇO et al., 2002). Outra teoria citada por ALTMANN,1994; NUNES et al. 1998, diz que as fissuras seriam decorrentes de uma falta de penetração mesodérmica que acarretaria
falta de nutrição vascular e, conseqüentemente, necrose, originando a fenda.

A etiologia das fissuras lábio-palatinas demonstra ser um assunto controverso, embora existam evidências de que dois fatores parecem estar diretamente relacionados: os genéticos e os ambientais. Esses fatores podem atuar isoladamente ou em associação, constituindo assim uma herança multifatorial (ALVES et al., 2004).

As Fissuras Lábio-Palatinas ocasionam distúrbios estéticos e funcionais que podem ser agravados segundo a extensão da lesão ou pela ausência de tratamento adequado.

O tratamento Ortopédico maxilar precoce no portador de fissura lábio-palatina inicia-se com a realização de moldagem intra-bucal com hidrocolóide irreversível, para a confecção de uma prótese ortopédica modeladora. Esta prótese não penetra na fenda, passando em ponte sobre a lesão, apresenta um prolongamento velar e marca para orientação e propriocepção. E a utilização da fita adesiva micropore e transpore que são empregadas na fase pré-operatório do lábio visando corrigir ou evitar alterações ósseas
provenientes do desequilíbrio muscular.



Moldagem e modelo para confecção da prótese ortopédica modeladora.


Prótese ortopédica modeladora.


CASO CLÍNICO 1:

Paciente V. E. S, sexo feminino, portador de fissura unilateral esquerdo completa.

15 dias de vida

Placa ortopédica


Fita Adesiva Micropore

3 meses de vida com a fita adesiva transpore

A Ortopedia Maxilar Precoce diminui a largura da fissura alveolar no pré e pós operatório das cirurgias do lábio tanto nas fissuras uni como nas bilaterais; e diminui da fissura palatina no pré-operatório da cirurgia do palato e no pós -operatório da cirurgia do lábio e palato mole.

Março 2009

Julho 2009

Dezembro 2009





CASO CLÍNICO 2: 

Paciente A. D. L, sexo masculino, portador de fissura unilateral esquerdo completa.

2 dias de vida

2 meses de vida com o uso da placa ortopédica maxilar e fita adesiva
6 meses antes da 1ª cirurgia - Queiloplastia

1 ano e 6 meses de idade (após cirurgia)

CASO CLÍNICO 3:

Paciente L. L.S, sexo masculino, portador de fissura lábio-palatina, Iniciou o tratamento ortopédico maxilar ao 1º. mês de vida, com uso de placa ortopédica maxilar e fita adesiva micropore e transpore, e aos 6 meses de vida realizou a 1ª. Cirurgia (queiloplastia).

1 mês de vida

7 meses de vida
1 ano de vida
Conclusão:
O tratamento ortopédico maxilar do paciente portador de fissura lábio-palatino deve ser
precoce para promover adequada reabilitação estético-funcional dos pacientes e a
perfeita integração sócio-psicológica e profissional dos mesmos.





Um comentário:

  1. Boa Tarde! Gostei muito da página, estou fazendo uma revisão de literatura sobre os pacientes com fissura labiopalatina. Vou mencionar o site na minha monografia. Parabéns!

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